DÚVIDAS FREQUENTES
O que é câncer?
Cada célula normal possui funções básicas desenvolvidas para cada órgão que ela se encontra. O seu funcionamento básico é regulado pelo organismo e elas obedecem ordens para se dividir, crescer, morrer, produzir determinado hormônio, etc. Quando a célula perde essa capacidade de ser controlada pelo próprio organismo e adquire a capacidade de se espalhar para outros tecidos, damos o nome de câncer.
Que é metástase?
É a presença de células cancerígenas em um local diferente do órgão onde ele se iniciou. Por exemplo: quando encontramos células cancerígenas da mama em tecidos como fígado ou cérebro, chamamos isso de metástase. De maneira geral todos os cânceres podem evoluir com metástases. A pesquisa para a busca de metástases é feita rotineiramente quando a doença é descoberta, chamamos isso de estadiamento. Pode ser realizada também durante o tratamento e na fase de acompanhamento pós-tratamento.
O Câncer é contagioso?
Não. O câncer não é transmitido entre pessoas como algumas doenças infecciosas. O paciente com câncer não transmite sua doença para ninguém. O que existe em determinados tipos de tumores é o risco aumentado para o desenvolvimento da doença entre pessoas da mesma família, chamamos isso de fator de risco familiar. Informe-se com seu médico sobre o risco familiar presente em sua doença. Ele poderá orienta-lo e indicar outros profissionais capazes de realizar o aconselhamento familiar.
O que é terapia alvo?
A terapia alvo é um novo tipo de tratamento que surgiu através do melhor entendimento da ação dos genes, das proteínas e de outras moléculas presentes nas células tumorais, criando o conceito da terapia personalizada. Esses medicamentos são compostos de substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando assim o crescimento e a disseminação do câncer. São exemplos de terapia alvo: anticorpos monoclonais (trastuzumabe, trastuzumabe entansina, pertuzumabe, cetuximabe, panitumumabe, rituximabe, denosumabe e outros), inibidores de angiogênese (bevacizumabe), inibidores de tirosinoquinase (erlotinibe, gefitinibe, afatinibe, imatinibe, dasatinibe, sunitinibe, sorafenibe, vemurafenibe, dabrafenibe, cabozantinibe, temsiroliums, everolimus, crizotinibe, ceritinibe, vandetanibe, pazopanibe e outros), inibidores da via do hedgehog (vismodegibe).
Quando e para quem é indicada a terapia alvo?
O princípio básico da utilização da terapia alvo consiste na identificação de um bom “alvo molecular”. Alguns tumores apresentam uma via de sinalização celular conhecidamente alterada, dessa forma, o tratamento é indicado mesmo sem a necessidade do teste molecular para identificar a mutação (“alvo”) em questão. Entretanto, outros tumores precisam ter a presença do “alvo molecular” no tecido tumoral para existir benefício do uso do medicamento. Esses “alvos” podem ser genes mutados, proteínas expressas exclusivamente no tumor, proteínas alteradas devido mutações ou mesmo quando essas estão presentes em maior quantidade na célula doente quando comparada a célula normal, sugerindo ação dessa via no desenvolvimento do tumor. A indicação dessas terapias alvos são também influenciadas pelas características do tumor (sítio primário, tipo histológico e estadiamento), além das condições clínicas do paciente e comorbidades.
Os efeitos colaterais da terapia alvo são os mesmos da quimioterapia?
Os efeitos colaterais variam conforme a via molecular a ser bloqueada, mas de uma forma geral, esses são diferentes dos observados durante o tratamento com quimioterápicos convencionais. As drogas alvo dirigidas determinam menor incidência de vômitos, náuseas ou alopécia (queda de cabelo). Entretanto, seus efeitos adversos não são menos importantes, variando entre alterações na pele, fadiga, hipertensão arterial, alterações na coagulação e cicatrização ou mesmo complicações mais graves como perfuração intestinal ou mesmo insuficiência cardíaca.
O que é imuno-oncologia?
Nosso sistema imunológico tem a capacidade de detectar e destruir células anormais que podem vir a desenvolver muitos tipos de câncer. No entanto, alguns tipos de cânceres são capazes de evitar sua detecção e destruição pelo sistema imunológico, produzindo sinais que reduzem essa capacidade ou alterando sua estrutura, de forma a dificultar o sistema imunológico de reconhecê-las e atingi-las.
A imuno-oncologia é um tratamento biológico que tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pelo próprio paciente ou em laboratório, aumentando, assim, a capacidade do sistema imunológico para combater o câncer.